A interligação entre o trabalho e a saúde mental é inegável apesar de complexa. Em geral o trabalho remunerado contribui para o bem estar e para a saúde mental individual, não só por compor parte da renda mas também por promover satisfação, sentido e propósito para alguns. No entanto, algumas vezes o trabalho pode representar uma sobrecarga de stress e uma ameaça a saúde mental das pessoas.
O desemprego está normalmente associado a prejuízo da saúde mental e bem estar, apesar de algumas vezes significar alivio de condições de trabalho insuportáveis.
O desemprego afeta negativamente o bem-estar e a saúde mental, tanto a curto quanto a longo prazo. Ele se relaciona a aumento no risco de suicídio, nos níveis de ansiedade, no número de casos de depressão e nos sentimentos de incerteza, raiva, vergonha e baixa auto-estima.
Diversas situações vivenciadas no ambiente de trabalho podem contribuir para o aparecimento de alterações psiquiátricas e piora do bem estar. Violência, falta de reconhecimento, cargas de trabalho excessivas, ausência de suporte social, isolamento, assedio e incerteza são fatores de risco bem descritos.
Existem ainda doenças mentais que estão diretamente relacionadas ao exercício profissional. Tais patologias são decorrentes da exposição a algumas substâncias, tais como o chumbo e o mercúrio, que ocorre nos trabalhos que envolvem o manuseio destes metais.