Promoção da Saúde Mental

Intervenções Individuais

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As intervenções que buscam atingir os determinantes psicossociais individuais, são desenhadas com o intuito de promover ao máximo os recursos cognitivos e emocionais de cada um e estimular suas aptidões e comportamentos que podem ser positivos para a saúde mental.  Entre as intervenções eficazes estão programas que estimulam habilidades e competências sociais, tais como as habilidades de comunicação, de resolução de problemas, de relacionamento interpessoal e de cooperação. Sendo também importante promover resiliência, auto estima, senso de controle e eficiência. 

Uma das bases de uma boa saúde mental está no período perinatal e na primeira infância. Todas as intervenções voltadas em melhorar a qualidade desta fase da vida acabam por promover saúde mental e mostram resultados positivos a longo prazo, como por exemplo: a diminuição do número de acidentes, do uso de drogas, do abuso infantil, da quantidade de crimes cometidos por jovens, de gravidezes precoces, de problemas mentais e dos problemas de saúde maternos. Assim, são importantes iniciativas, programas, comportamentos e orientações que promovam e aumentem o rápido vinculo do bebe e dos pais, bem como acolhimento e afeto à criança, garantia de lares seguros e adequados às necessidades da criança, além do suporte informal da família, dos amigos e da comunidade mostram-se positivos.

Condições socioeconômicas e culturais favoráveis e que supram às necessidades da criança são indispensáveis. Intervenções de qualidade na primeira infância podem representar significativa melhoria no grau de saúde mental e no funcionamento social e individual do jovem, além dos resultados econômicos subseqüentes. Entre as possíveis intervenções estão grupos de pais, programas de visitas domiciliares e educação pré escolar de qualidade. 


Intervenções Comunitárias

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Condições socioeconômicas e culturais favoráveis e que supram às necessidades da criança são indispensáveis. Intervenções de qualidade na primeira infância podem representar significativa melhoria no grau de saúde mental e no funcionamento social e individual do jovem, além dos resultados econômicos subseqüentes. Entre as possíveis intervenções estão grupos de pais, programas de visitas domiciliares e educação pré escolar de qualidade.

No nível comunitário, as ações de promoção de saúde mental focam na participação social, no engajamento cívico, na inclusão social, na educação e na influência ambiental. Incluem tentativas de melhora do senso de pertencimento à sociedade, fortalecimento das redes da comunidade, melhoras das condições de moradia e disponibilização de serviços de apoio e suporte, em especial aos mais vulneráveis. A precariedade da saúde mental em uma comunidade contribui para piores condições socioeconômicas além de ser um reflexo destas.  Características negativas de saúde mental estão relacionadas com desemprego, falta de educação, preconceitos, baixa renda ou padrões de vida e de saúde insatisfatórios. Por outro lado educação de qualidade, hábitos de vida adequados, diminuição da exposição a eventos adversos na vida e boa saúde física mostram relação protetora no que se refere à saúde mental.

Escolas são elementos chave na promoção da saúde mental, em especial ao contar com programas de desenvolvimento das competências sociais e emocionais dos alunos, bem como ao possibilitar um eficiente aprendizado acadêmico. Programas educacionais que incorporam treinamento de habilidades, responsabilidade e orientações, alem de intervenções direcionadas a problemas emocionais e comportamentais dos alunos produzem benefícios a longo prazo para os jovens, melhores funcionamentos emocionais e sociais, comportamentos positivos para a saúde e melhores performances acadêmicas.

O ambiente de trabalho mostra grande influência na saúde mental dos colaboradores, desta forma também tem importância nas intervenções promotoras de saúde mental. Medidas possíveis e eficazes são disponibilidades de suporte social, bom controle do trabalho, aumento do envolvimento da equipe, avaliação de carga de trabalho, equilíbrio entre esforço e recompensa, clareza de funções, inibição do bullying e do assédio.  

O desemprego também apresenta alto impacto na saúde mental, está relacionado a aumento do nível de ansiedade, de depressão, de incerteza no futuro, de raiva, de vergonha, de perda de auto estima e do risco de suicídio. Programas e intervenções que facilitem e estimulem novas contratações em bons cargos mostram contribuição.


Intervenções Estruturais

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No âmbito estrutural as intervenções são também necessárias e positivas para a saúde mental. São necessárias mudanças profundas e bem planejadas, com resultados obtidos apenas a longo prazo. Dentre estas estão melhorias ambientais: melhora das vias, recuperação de regiões urbanas, melhora das condições de moradia entre outras; estímulos ao desenvolvimento econômico; governos eficientes com baixos índices de corrupção e legislações e serviços que atendam adequadamente às necessidades básicas dos cidadãos. Todos esses fatores estão estão presentes nas sociedades com maiores índices de bem estar do mundo.  Alguns elementos culturais, como por exemplo normas sociais e valorização da coletividade, também apresentam influência positiva sobre as estimativas de saúde mental e bem estar populacionais. 

Frente aos imensos desafios atuais e futuros relacionados à globalização, à crise econômica, às mudanças demográficas e epidemiológicas , às alterações nas estruturas familiares e organizacionais, preservar e promover a saúde mental dos indivíduos é essencial para possibilitar o ajustamento de indivíduos e comunidades e a prosperidade dos seus avanços.